sábado, 14 de maio de 2011

Atividade "Egito" 6º Ano

                                                                TEXTO 4
“A religião do Egito Antigo, que acreditam ser politeísta, era na realidade monoteísta, assim como todas as grandes religiões do mundo. Hoje em dia, todos concordam em ver as inúmeras divindades dos templos egípcios (...) como intermediárias do Ser Supremo (...).
A idéia dominante era a de um Deus único (...) definido pelos sacerdotes como: aquele que nasce de si mesmo, o Príncipe de toda forma de vida, o Pai dos Pais, a Mãe das Mães, e diziam também (...) que é por sua vontade que resplandece o
sol, a terra está separada do firmamento e a harmonia reina sobre a criação.”
(CHALABY, Abbas. Egito. Firenze: Casa Editrice Bonechi, 1982, p.8, citado em BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: sociedade & cidadania. 5ª Série. São Paulo: FTD, 2004, p. 101.)

                                                       TEXTO 5
“Segundo o historiador Heródoto, os egípcios eram os mais religiosos dos homens. Eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses. (...).
Tinham deuses com forma humana – Osíris e Ísis são dois exemplos – e com forma humana e animal ao mesmo tempo,
como Hórus, homem com cabeça de falcão. Em algumas cidades havia templos onde os animais sagrados eram adorados. Depois de mortos, eles eram enterrados com toda a pompa e respeito.

(Ferreira, Olavo Leonel. Egito: a terra dos faraós, p. 33, citado em BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: sociedade & cidadania. 5ª Série. São Paulo: FTD, 2004, p. 101.)

30. Compare os dois textos e destaque em que os dois autores concordam.

31. Compare os dois texto e destaque em que os dois autores discordam.

32. Explique o que é politeísmo.
33. Explique o que é monoteísmo.
(Adaptado de Unesp 1992) O historiador grego Heródoto (484-420 a.C.) viajou muito e deixou vivas descrições com reflexões sobre os
povos e as terras que conheceu. Deve-se a ele a seguinte afirmação: "o Egito, para onde se dirigem os navios gregos, é uma
dádiva do rio Nilo".

34. A partir da afirmação acima, relacione a importância do meio físico e da ação humana na formação da Civilização Egípcia.

35. Explique como o Estado controlava a produção agrícola no Egito antigo.

36. Por que podemos afirmar que através da mumificação os egípcios desenvolveram a medicina?

37.Qual era a base da economia egípcia?

38. O povo egípcio trabalhava e governava livremente o Egito? Explique.

39.O que é um governo teocrático (ou uma teocracia)?

40. Politicamente, o Egito Antigo era caracterizado como:
a) Império Teocrático.
b) Monarquia Constitucional.
c) República Teocrática.
d) Império Escravista.
e) Cidades-Estado.

41. (Adaptado de FGV 1997) Um império teocrático, baseado na agricultura, na arregimentação de camponeses para grandes obras e
profundamente dependentes das águas de um grande rio. Esta frase se refere aos:
a) fenícios e a importância do Tigre;
b) hititas e a importância do Eufrates;
c) sumérios e a importância do Jordão;
d) cretenses e a importância do Egeu;
e) egípcios e a importância do Nilo.

42. (Adaptado de FUVEST 1998) A partir do III milênio a. C. desenvolveram-se, nos vales dos grandes rios do Oriente Próximo, como
o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, fortemente organizados e centralizados e com extensa burocracia. Uma explicação
para seu surgimento é:
a) a revolta dos camponeses e dos artesãos nas cidades, que só puderam ser contidas pela força dos governos autoritários.
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar obras de irrigação.
c) a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo através das caravanas de seda.
d) a expansão das religiões monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e o poder absoluto do monarca.
e) a introdução de instrumentos de ferro e a conseqüente revolução tecnológica, que transformou a agricultura dos vales e levou à
centralização do poder

43. (Adaptado de UEL 1997) A arquitetura dos templos do antigo Egito forneceu para a posteridade a mais fértil e expressiva
documentação sobre a cultura egípcia. Entre suas principais características pode-se indicar a:
a) ausência de telhados, uma vez que a chuva era muito rara.
b) utilização de tijolos de argila queimada na construção de paredes, escadarias e de colunas.
c) grandeza nas dimensões e construções sólidas.
d) utilização de diversos tipos de materiais, conforme as figuras retratadas.
e) preocupação em unir arte e ciência em uma mesma construção.
• (Adaptado de Ufc 2002) Observe a ilustração, apresentada a seguir.

44.Considerando a representação da escrita egípcia, é correto afirmar que:
a) a utilização de inscrições decorativas favoreceu a escrita em virtude de facilitar a compreensão da escrita pelo povo.
b) os sinais apresentados eram conhecidos por grande parte da população livre.
c) o grande número de sinais utilizados tornava complexa a representação do que se queria dizer.
d) a diversidade de sinais utilizados na escrita foi o resultado de uma imposição dos sacerdotes egípcios.
e) os desenhos elaborados representavam uma simplificação da escrita hierática.
(Adaptado de Ufsm 2006) Entre os tesouros encontrados no túmulo de Tutankhamon (faraó que reinou entre 1332 e 1322 a.C.),
encontram-se varias esculturas e outros artefatos produzidos por trabalhadores desconhecidos pela história.

45. Dos artesãos e trabalhadores em geral que produziram o túmulo e suas riquezas, não se acharam vestígios. Sobre esses
artesãos e trabalhadores em geral, pode-se afirmar:
I. Eram cidadãos do Estado egípcio e, como tais, tinham direitos semelhantes aos dos seus reis e patrões.
II. Serviram aos soberanos egípcios e garantiram a sobrevivência dos valores deles através de obras artísticas.
III. Eram operários das obras funerárias dos reis e aristocratas e tinham seus direitos garantidos por severa legislação do Código de Hamurabi.
IV. Eram homens e mulheres que entregavam o trabalho e a vida para que a grandeza do Estado egípcio se perpetuasse no tempo.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas II e IV.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.

46. (Unesp 1992) Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia e do Egito evoluíram acumulando características comuns e peculiaridades culturais. Os Egípcios desenvolveram a prática de mumificar o corpo humano porque:
a) se opunham ao politeísmo dominante na época.
b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os pecadores, desencadearam o dilúvio.
c) depois da morte a alma podia voltar ao corpo mumificado.
d) construíram túmulos, em forma de pirâmides truncadas, erigidos para a eternidade.
e) os camponeses constituíam categoria social inferior.

                                                          Beijinhos!!!!!!!!!!!!!!

*13 de maio*

13 de maio

Data comemora a assinatura da Lei Áurea

Carla Caruso*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
           
                                                 Reprodução
                            Fac-símile do documento assinado pela princesa Isabel
 
No dia 13 de maio comemora-se a Abolição da Escravatura no Brasil. A palavra "abolir" significa acabar, eliminar, extinguir. A escravidão foi oficialmente extinta nesse dia por meio da Lei Áurea. "Áurea", por sua vez, quer dizer "de ouro" e - por aí - você pode imaginar o valor que se deu a essa lei, com toda a razão. Afinal, o trabalho escravo é uma prática desumana.

Assinado pela princesa Isabel, em 1888, o texto da Lei Áurea é curto e bastante objetivo, como você pode ver a seguir:

"A Princesa Imperial Regente, em Nome de Sua Majestade, o Imperador, o senhor dom Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:

Art. 1º - É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário."

Quando essa lei passou a vigorar, a escravidão já existia no Brasil há cerca de três séculos. No mundo, o trabalho escravo era empregado desde a Antigüidade. Naquela época, na Europa e na Ásia, basicamente, os escravos eram prisioneiros de guerra ou ainda pessoas que contraíam dívidas muito grandes, sem ter como pagá-las.

As grandes navegações e a escravidão negra
Na Europa, durante a Idade Média, o trabalho escravo praticamente desapareceu. Contudo, na Idade Moderna (séculos 15 a 19), com as grandes navegações e o descobrimento do continente americano, a escravidão voltou a ser largamente utilizada. Era a maneira mais simples e barata que os europeus encontraram de conseguir mão de obra para a agricultura nas terras que colonizaram.

Ao chegarem ao Brasil, no séc. 16, os portugueses primeiramente tentaram escravizar os indígenas, forçando-os a trabalhar em suas lavouras. Os índios, porém, resistiram, seja lutando, seja fugindo para regiões remotas do interior, na selva, onde os brancos não conseguiam capturá-los.

Para Portugal, a solução encontrada foi trazer ao Brasil escravos negros de suas colônias na África. Subjugados à força e trazidos para um país estranho, a imensa maioria dos negros não tinha como resistir à escravidão, embora muitos tenham se refugiado em quilombos e enfrentado os brancos. Foi o caso de Palmares, em Alagoas, que durou cerca de 70 anos.

A Lei do Ventre Livre
Entretanto, no início do século 19, nos países industrializados da Europa, desenvolveu-se uma consciência do caráter cruel e desumano que existia por trás da escravidão. Em 1833, a Inglaterra, que era a maior potência da época, acabou coma escravidão em todas as suas colônias e passou a pressionar outros países a fazerem o mesmo. Sob pressão inglesa, em 1850, foi aprovada no Brasil a lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico de escravos africanos.

Outros fatos ocorreram no panorama mundial nas décadas seguinte: a libertação dos escravos nas colônias de Portugal e da França e também nos Estados Unidos. Eram acontecimentos que pressionavam a Monarquia brasileira a adotar a mesma atitude. No entanto, os proprietários de escravos resistiam a abrir mão do que consideravam seus "bens" ou "propriedades".

Após a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai (1865-1870), na qual muitos escravos lutaram, os problemas aumentaram, já que muitos ex-combatentes negros não aceitavam mais voltar para sua antiga condição de escravos.

Numa tentativa de resolver a questão, com um jeitinho bem brasileiro, o governo imperial sancionou a Lei do Ventre Livre, em 1871, que tornaria livres, a partir daquela data, todos os filhos de escravos. De acordo com ela, a escravidão acabaria no Brasil em no mínimo 50 anos... É óbvio que os escravos não poderiam esperar todo esse tempo.

A campanha abolicionista
Ao longo das décadas de 1870 e 1880, a população brasileira livre - particularmente a dos centros urbanos - começaram a se solidarizar com os escravos e a compreender a necessidade da abolição.Vários políticos e intelectuais passaram a defendê-la. Entre eles encontravam-se nomes de destaque na época, como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, André Rebouças e Luís Gama. Também surgiram muitos jornais e revistas que defendiam o abolicionismo.
Além disso, formaram-se os chamados clubes abolicionistas que arrecadavam fundos para compra de cartas de alforrias - certificados de libertação que podiam ser adquiridos pelos escravos. Em 1885, o Ceará decretou o fim da escravidão em seu território. Fugas em massa começaram a ocorrer no resto do país. Em 1887, o Exército solicitou ser dispensado da tarefa de caçar escravos fugidos.

Ainda existe escravidão
Em São Paulo, Antônio Bento de Souza e Castro fundou um grupo abolicionista radical, os Caifazes, que organizava rebeliões e fugas em massa. A campanha abolicionista tornou-se um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil e já se unificava com os movimentos republicanos. Então, a situação tornou-se insustentável e o governo, sob a regência da princesa Isabel decidiu agir.

A abolição, contudo, não representou o fim da exploração do negro no Brasil, nem a sua integração - em pé de igualdade - na sociedade brasileira, que ainda tem uma enorme dívida para com os descendentes dos escravos.

Mas o que é pior: apesar das leis e da consciência da maior parte da população mundial, ainda hoje, encontram-se pessoas em várias partes do Brasil e do mundo que trabalham sem receber pagamento, em situação semelhante à da escravidão. De qualquer forma, hoje isso é considerado um crime e quem o pratica, se for pego, recebe a punição que merece.
 
*Carla Caruso é escritora e pesquisadora, autora do livro "Zumbi, o último herói dos Palmares" (Editora Callis).

Filosofando III

Sorria
Canção de Charles Chaplin, Geoffrey Parsons e James Phillips

Sorria
Mesmo que o seu coração esteja doendo
Sorria
Mesmo que esteja se quebrando
Quando há nuvens no céu
Sobre isso você passará
Se você sorrir
Através do seu medo e sofrimento
Sorria
E talvez amanhã
Você verá o sol
Brilhar
Para você
Ilumine seu rosto com felicidade
Esconda cada traço de tristeza
Apesar disso uma lágrima
Pode estar tão perto
então é hora
Você deve continuar tentando
Sorria
Para quê chorar?
Você irá descobrir que a vida
Ainda vale
Se você somente sorrir
Sorria
Ilumine seu rosto com felicidade
Esconda cada traço de tristeza
Apesar disso uma lágrima
Pode estar tão perto
então é hora
Você deve continuar tentando
Sorria
Para quê chorar?
Você irá descobrir que a vida
Ainda vale
Se você somente sorrir
Continue sorrindo
Sim
Nunca, nunca, nunca pare
Sorria

Smile
Canção de Charles Chaplin, Geoffrey Parsons e James Phillips

Filosofando I

Oração de São Francisco
Senhor!
Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Filosofando II

No Novo Tempo
Ivan Lins
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça
Ivan Lins
(Cantor e compositor brasileiro)

Filosofando

                                                                             É
                                                                    (Gonzaguinha)


a gente quer valer o nosso amor
a gente quer valer nosso suor
a gente quer valer o nosso humor
a gente quer do bom e do melhor
a gente quer carinho e atenção
a gente quer calor no coração
a gente quer suar mas de prazer
a gente quer é ter muita saúde
a gente quer viver a liberdade
a gente quer viver felicidade

É

a gente não tem cara de panaca
a gente não tem jeito de babaca
a gente não está com a bunda exposta na janela pra
passar a mão nela

É

a gente quer viver pleno direito
a gente quer viver todo respeito
a gente quer viver uma nação
a gente quer é ser um cidadão

É...
Luís Gonzaga Jr.
Cantor e Compositor Brasileiro

A alimentação nos primórdios na Pré-História

                                                            De Herbívoros a Carnívoros
                                                A Alimentação nos Primórdios da Pré-História

Cena-de-Uma-Odisseia-no-espaco
A imagem acima faz parte da seqüência inicial do filme "2001, Uma
Odisséia no Espaço", do cineasta Stanley Kubrick.

As imagens iniciais do filme "2001, Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick nos colocam diante de animais com os quais dificilmente nos identificaríamos. Se parecem muito mais com os gorilas atuais do que com os seres humanos. Provavelmente a intenção do cineasta fosse causar um certo desgosto, um desconforto e uma sensação de estranheza nos espectadores. Em determinados casos inclusive, gerar uma dúvida tão grande que levasse um grande número de pessoas a ignorar o fato de que aqueles animais pudessem ser verdadeiramente identificados como parentes do Homo Sapiens.
O que podemos observar, a princípio, é que esses hominídeos caminhavam apoiando-se sobre os quatro membros (braços e pernas), tinham o corpo coberto por uma pelugem considerável, possuíam um maxilar protuberante, tinham braços alongados e, aparentemente, eram herbívoros (se alimentavam de vegetais).
Se nos detivermos mais atentamente às imagens apresentadas e aos hábitos auferidos entre os hominídeos que desfilam pela tela, perceberemos que, pelo fato de se locomoverem apoiados nos membros dianteiros e traseiros, passavam a ter uma visão de mundo reduzida e limitada, concentrando sua atenção aos caminhos por onde circulavam e, especificamente, ao solo e ao que estava no chão ou próximo a ele.
A dieta de base herbívora passa então a ser entendida como uma repercussão das limitações impostas pela locomoção desses hominídeos; junte-se a isso o fato desses seres viverem num período onde os outros animais eram consideravelmente mais fortes e robustos que eles e, passamos a compreender a predileção de nossos antepassados, nos primórdios de sua existência pela alimentação herbívora.
Imagem-do-quadro-da-evolucao-humana
O quadro da evolução humana apresentado acima faz parte do acervo do
Smithsonian Museum of Natural History.

Há registros escritos por estudiosos (antropólogos, paleontólogos) que adicionam animais rasteiros (pequenos roedores), insetos e moluscos a dieta humana nessa fase inicial de nossa existência. Vale ressaltar, que não se tratavam, esses alimentos (roedores, insetos, moluscos), de recursos consumidos com regularidade, diferentemente das diversas espécies de raízes, folhas, gramíneas, frutas e leguminosas coletadas regularmente.
Há, no entanto, um momento específico do filme, onde surge um totem (na forma de uma pedra escura, totalmente lisa, projetando-se do solo em direção ao céu), metaforicamente utilizado para representar a transição dos hominídeos de seu estado animalesco para uma situação na qual podemos distinguir o uso de ferramentas (ossos, paus, pedras).
A modificação mais expressiva é a alteração na locomoção dos hominídeos, que deixam de ser quadrúpedes e se tornam bípedes, passando a andar apoiados apenas nas pernas. Essa alteração libera as mãos permitindo que elas possam manusear os elementos disponibilizados pela natureza com maior regularidade, apropriando-se de noções a respeito do mesmo (peso, tamanho, resistência), verificando utilizações possíveis, adaptando a suas necessidades e constituindo, dessa maneira, suas primeiras ferramentas.
A alteração na locomoção promove, também, uma alteração sensível quanto ao alcance da visão desses hominídeos. Os horizontes da humanidade se expandem consideravelmente. Os olhos dos homens, antes voltados para o restrito espaço do solo que os circundavam, desloca-se para áreas amplas, abertas, por onde trafegam outros seres, semelhantes ou diferenciados em relação a ele. Sua compreensão de mundo se amplia, lenta e gradualmente, em passos constantes e seguros.
Imagem-de-pessoas-se-alimentando
O processo evolutivo promoveu alterações significativas
no cotidiano dos hominídeos. Um exemplo típico refere-se
as alterações dos hábitos alimentares, com a superação de uma
dieta de base herbívora para uma outra, de base carnívora.

Essas alterações implicam novidades no cotidiano e nas relações entre os hominídeos e o mundo que os cerca. Os ciclos de fome não desaparecem por completo, o que obriga os homens pré-históricos a continuar procurando alimentos em todos os espaços pelos quais circula, inclusive no chão. Não há o abandono do rastreamento no solo, por raízes, animais rasteiros, insetos ou folhas e frutos. O que ocorre é um remanejamento de funções, sendo que o trabalho de coleta passa a ser atribuição das mulheres, cabendo aos homens a caça e a pesca.
É fundamental que possamos perceber que esses acontecimentos se desenvolveram ao longo de milhares de anos e que, cada nova alteração nos hábitos dos homens pré-históricos se consolidam apenas depois da repetição dessas práticas ao longo de algumas gerações. Igualmente importante torna-se a percepção de que os acontecimentos, conjuntamente, forjaram o surgimento de comunidades cada vez mais organizadas e desenvolvidas.
A carne, por exemplo, a princípio era consumida crua. Era natural que, com o passar do tempo, tendo o homem descoberto as alterações promovidas pelo fogo nas carnes (ficavam mais macias, apresentavam um sabor mais agradável, tornavam-se mais fáceis de serem rasgadas pela dentição durante a mastigação) e, tendo se apropriado das técnicas que permitiam a produção do fogo, se regularizassem ações de cozimento.
Mas os homens pré-históricos descobriram as propriedades do fogo sobre os alimentos (mais especificamente as carnes), antes de propriamente dominarem o fogo?
Sim, de acordo com pesquisas divulgadas nos mais recentes trabalhos de História da Alimentação, os hominídeos daquele período teriam descoberto essas reações promovidas pelo fogo em relação aos alimentos ao encontrarem carcaças de animais mortos durante incêndios nas florestas e terem se alimentado desses restos. Outra explicação relacionada ao fato apresenta os alimentos sendo cozidos em regiões que apresentavam águas quentes (fontes termais ou gêiseres).
Outras incorporações importantes que acompanharam a transição de uma alimentação herbívora para uma carnívora referem-se a revolução agrícola (que acabou com o nomadismo), a domesticação de animais, a produção e utilização de utensílios cerâmicos, de pedras lapidáveis ou mesmo de madeira para realizar o cozimento, o surgimento dos fornos para a produção de pães e assados e o surgimento de vilas, aldeias e cidades. Estávamos cruzando os limites entre a Pré-História e a História...
                                                Professora Maria Creusa

"Martin Luther King"

                                                             Martin Luther King
                                                    O Anjo Negro dos Direitos Civis
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Quem somos nós? Somos descendentes de escravos. Somos a prole de homens e mulheres dignos que foram arrancados de seus lares e acorrentados em navios como animais. Somos os herdeiros de um grande e explorado continente conhecido como África. Somos os herdeiros de um passado de humilhação, fogo e assassinato. Eu pessoalmente não me envergonho desse passado. Envergonho-me, sim, daqueles que se tornaram desumanos a ponto de torturar-nos desse modo. (Martin Luther King).

Os Estados Unidos, terra da liberdade, apregoado aos quatro cantos do mundo como o país das oportunidades, defensor da democracia e dos direitos individuais tem em sua história uma terrível história de dor e sofrimento relacionada à sua comunidade negra. Desde a libertação do país do jugo colonial inglês, no final do século XVIII, num dos mais célebres momentos de luta pela independência de que se tem notícia no mundo, a pátria de George Washington se viu cindida entre dois pólos quanto à questão racial: havia aqueles que amparavam o segregacionismo e muitos outros que se indignavam com o racismo.
Somente a indignação não bastava, entretanto, para que a igualdade e a liberdade dos negros norte-americanos fossem obtidas. Algumas décadas depois da pioneira ação libertária dessa jovem e proeminente nação aconteceu a Guerra Civil Americana que colocou em foco, mais uma vez, os diferentes posicionamentos daqueles que eram favoráveis à integração dos negros à sociedade americana e seus oponentes escravocratas.
O saldo dessa sangrenta batalha travada ao longo de mais de 5 anos foi a destruição da região sul daquele país, a criação de maiores resistências a integração, o surgimento de sociedades secretas que passaram a perseguir e atentar violentamente contra os negros e, até mesmo, a morte de um dos mais destacados presidentes da história dos Estados Unidos, Abraham Lincoln.
Depois da Secessão veio a covardia dos racistas que se escondiam debaixo de lençóis e assassinavam covardemente a crianças, adultos e idosos negros simplesmente em virtude de suas origens étnicas e raciais.
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Dizem que alguns de nós são agitadores... Eu estou aqui porque amo os brancos. Enquanto os negros não forem livres, os brancos não serão livres... Eu estou aqui porque amo o meu país. Vou viver aqui nos Estados Unidos pelo resto de minha vida. Não sou um forasteiro. Qualquer pessoa que vive nos Estados Unidos não é um forasteiro nos Estados Unidos. (Martin Luther King)

Casas eram queimadas, pessoas eram arbitrariamente presas e espancadas, reuniões de negros eram proibidas e dispersadas com brutalidade, não se destinavam a essas comunidades as benesses sociais que eram concedidas aos brancos e, se não bastasse tudo isso, as autoridades federais não faziam prevalecer as leis do país, deixando as questões raciais para serem resolvidas nos âmbitos estaduais e municipais.
O sul do país fervia e a questão dos direitos civis nunca deixava as páginas policiais dos principais jornais para adentrar as discussões políticas...
Essa história marcada por atrocidades e inúmeras mortes começaria a mudar a partir da década de 1950, com o surgimento no cenário nacional do pastor protestante Martin Luther King. Tendo crescido em Atlanta, na Geórgia, King vivenciou na própria pele a experiência de ter de entrar em cinemas por portas laterais e sentar nas últimas poltronas (reservadas para os negros); não podia ir a uma grande quantidade de restaurantes por que eles simplesmente se recusavam a atender os negros; era proibido de freqüentar piscinas e parques públicos reservados somente para os brancos da comunidade; tinha que utilizar salas de espera em estações ferroviárias, bebedouros e assentos de ônibus e trens separados dos brancos apenas pelo fato de ser negro...
Até mesmo em suas viagens de carro para outras cidades os negros norte-americanos tinham que ter preocupações com sua segurança pois não eram aceitos em hotéis e motéis em todo o Sul dos Estados Unidos. Nesse caso dependiam do apoio de parentes e amigos para conseguir hospedagem.
Esses flagrantes desrespeitos aos direitos civis eram previstos em leis que ficaram conhecidas pela alcunha “leis Jim Crow” em mais um claro desacato a comunidade negra já que esse personagem ironizava os negros do Sul do país através de representações satíricas em que o sotaque local e os cantos e danças eram imitados com o propósito de humilhar e menosprezar aquelas pessoas.


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O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente, que há no mundo. (Mahatma Gandhi)

Pertencente a uma família de melhores condições econômicas, que tinha casa própria e automóvel, Martin cresceu num ambiente de fortes convicções políticas e religiosas. Tanto o pai quanto o avô dele foram pastores o que lhes conferia certo status perante a comunidade e também a possibilidade de estudar e ter uma melhor formação.
Sua primeira grande indignação com o racismo ocorreu quando estava prestes a entrar na escola e foi informado por um de seus melhores amigos, filho de um comerciante branco, de que não poderiam estudar juntos pela diferente cor de pele que possuíam. Ao relatar o ocorrido aos pais, escutou deles um pouco da sofrida história dos negros nos Estados Unidos. Decidiu, a partir de então, que passaria a odiar os brancos e jamais se esqueceu das palavras de sua mãe: “Jamais pense que você é menos do que qualquer outra pessoa. Lembre-se, sempre, de que você é alguém”.
Não levou adiante a sua primeira reação ao racismo. Ao invés disso trilhou os caminhos de Gandhi, o sábio líder indiano que levou o seu país a libertação do jugo colonial inglês sem pegar em armas, advogando em favor da não violência. Os exemplos e ensinamentos provenientes da vida e das práticas políticas de Gandhi iluminaram a ação de King e o tornaram um dos maiores e mais respeitados lutadores pelos direitos civis da humanidade.

Imagem-de-Martin-Luther-King
A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça para a justiça em todos os lugares. Estamos presos numa rede de reciprocidade, da qual não se pode escapar, ligados por um único e mesmo destino. (Martin Luther King)

Entre os anos de 1947 e 1948 tornou-se pastor da Igreja Batista e formou-se em direito. Ainda iria se especializar em teologia poucos anos depois. Foi nesse período que a Índia, depois de 185 anos de dominação, havia se libertado da Inglaterra e a franzina figura de Gandhi engrandecera aos olhos de King. A estratégia de Gandhi de resistência não-violenta e sua idéia de desafiar as injustiças como “não cooperação com o mal”, mesmo que isso lhe custasse a vida, embeveceram o futuro líder dos direitos civis.
A pregação de que a maior força estava em mudar o inimigo graças ao amor pela humanidade e não em desferir ataques carregados de ódio e violência tornaram-se lições importantes para Luther King. Em seu trabalho como pastor numa igreja Batista em Atlanta, King passou a ter a oportunidade de trabalhar mais diretamente com a comunidade negra e conhecer seus problemas e dramas a ponto de iniciar sua atuação política a nível nacional.
Percebeu que os negros da classe média se acomodaram em uma situação material mais confortável e não se mostravam dispostos a lutar pela mudança da situação nacional quanto aos direitos civis. Os pobres, por sua vez, pareciam acreditar que realmente eram inferiores e não pensavam em articular-se por melhores condições de vida.
Foi a partir de 1955, com o chamado “Milagre de Montgomery” que teve início a curta e vitoriosa luta de Martin Luther King pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ao se recusar a ceder o seu lugar no ônibus a um passageiro branco, a costureira Rosa Parks acabou sendo presa por desacato às leis segregacionistas do estado da Geórgia. Era a oportunidade que as lideranças negras tanto esperavam para colocar a questão racial em debate nacional...
Iniciou-se então um grande boicote aos ônibus de Atlanta liderado por King e outros membros da comunidade negra local. A adesão foi grandiosa e os ônibus circularam vazios durante a manifestação. Para tornar a briga ainda mais interessante o juiz local condenou Rosa Parks e abriu espaço para uma apelação a Suprema Corte.
Depois desse incidente ocorreram embates e protestos que deixaram o âmbito local e se espalharam pelos Estados Unidos, especialmente nas regiões mais racistas. Apesar dos ânimos exaltados, King adotou os princípios de Gandhi e passou a se articular em favor de uma resistência pacífica. Foi criticado e sofreu ameaças por seus posicionamentos, mas a história mostrou que estava correto.
Os impedimentos legais foram caindo, novas manifestações surgiram e o mais importante, o orgulho da comunidade negra norte-americana estava de volta. Não iriam mais baixar a cabeça e se curvar senão “perante Deus”, como dizia o próprio King, cada vez mais seguro quanto as suas convicções e práticas.
Um dos pontos altos de sua impactante vida aconteceria em 28 de Agosto de 1963 quando conseguiu reunir cerca de 200 mil manifestantes em favor dos Direitos Civis nos Estados Unidos. Nessa ocasião proferiu seu mais célebre discurso em que fala de seus sonhos de liberdade e igualdade no mundo. A Lei dos Direitos Civis viria logo em seguida, no ano de 1964.
Pelo conjunto de suas ações, Martin Luther King receberia o Prêmio Nobel da Paz também no ano de 64. Iniciou então outras importantes lutas nos Estados Unidos, pelo direito ao voto para a comunidade negra, contra a guerra do Vietnã e também em favor de oportunidades de emprego para os pobres do país.
Foi assassinado em 4 de abril de 1968 em Memphis quando se preparava para participar de manifestações favoráveis ao surgimento de um sindicato de garis e lixeiros naquela cidade. Seu legado juntou-se ao de seu principal mentor e tornou-se uma das mais importantes contribuições à paz, a liberdade e a igualdade da humanidade. Era mais que um pastor, tratava-se de um anjo negro...

                                                  Professora Maria Creusa

                              (De Olho na História João Luís de Almeida Machado)

"O Enigma das Pirâmides" (6º Ano/2º Bimestre)

                                                              O Enigma das Pirâmides


Imagem-de-piramide
As pirâmides de Gizé

Entre as várias construções erguidas ao longo dos tempos, sem qualquer sombra de dúvidas as pirâmides egípcias são as que despertam o maior fascínio e que geram as maiores dúvidas, os grandes enigmas a serem respondidos. Quem as construiu? Quanto tempo levou até que as mesmas fossem erguidas? Qual o propósito das pirâmides? De que materiais foram feitas? Como era a vida dos trabalhadores que ergueram as pirâmides? O que se guardava dentro dessas colossais construções? Essas e muitas outras perguntas são feitas com certa regularidade por pessoas de diversas nacionalidades e origens culturais (inclusive por nós, brasileiros).
Primeiramente é necessário lembrar que existem três grandes pirâmides, erguidas na fase da história egípcia conhecida como Antigo Império. São conhecidas como pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos.
imagem-de-barcas Grandes barcas eram utilizadas para o transporte de matérias primas básicas para a construção de templos e pirâmides. O entalhe ao lado nos mostra uma dessas embarcações que cruzavam o rio Nilo levando, entre outros produtos, uma enorme rocha para compor as paredes de uma dessas construções.
Antes do surgimento dessas pirâmides eram construídos templos de grande envergadura, verdadeiras tumbas, nas encostas de montanhas de pedra, com tetos planos, chamados de Mastabas. Para que ficassem escondidas e se evitassem roubos, essas construções ficavam em locais secretos, distanciados e, além disso, eram recobertas com areia em suas coberturas.
Mas o que motivava a construção de templos e tumbas como as Mastabas e as Pirâmides?
Os egípcios acreditavam que os faraós (líderes do regime teocrático local, considerados semideuses) ao morrerem se tornavam reis para governar junto a Osíris (o Deus dos mortos) enquanto seu sucessor, o novo faraó, incorporava Hórus (o Deus dos céus e protetor do sol). Esse ciclo era simbolizado pelo nascer e por do sol.
Desenho-de-piramide-caindo
Há teses que defendem que as pirâmides foram construídas com o auxílio de
extraterrestres, alegando que não haveria conhecimento e tecnologia na época para
sustentar o surgimento dessas construções. A charge acima ironiza essa hipótese.
Diziam ainda que uma parte do espírito do faraó, chamado de Ka, continuava em seus corpo depois de sua morte. Se não fossem tomados os devidos cuidados com o corpo do faraó que havia falecido, ele não teria condições de assumir suas responsabilidades como o novo rei dos mortos. Isso provocaria um desequilíbrio que afetaria não apenas seu reinado entre os mortos, mas também o Egito. Pragas e outros desastres naturais abateriam o país, causando a fome e a miséria.
Para evitar que essas desgraças acontecessem no Egito eram construídas as Mastabas e as Pirâmides, assim como era providenciada a mumificação do corpo do faraó morto, a retirada de suas vísceras (que eram colocadas em vasos de argila, pedra, ouro ou mármore), a realização de rituais fúnebres, o armazenamento de alimentos na câmara mortuária onde iria ficar o corpo do faraó e, em muitos casos, eram deixados serviçais e soldados vivos junto com o cadáver. Depois de tudo isso a pirâmide (ou a mastaba) era lacrada.
Diferentemente do que pensam muitas pessoas, as pirâmides não foram construídas por escravos. Os trabalhadores que ergueram essas majestosas construções eram egípcios. Eram contratados ou pagavam tributos pelo uso da terra trabalhando nas grandes construções públicas (que não se limitavam aos templos, mas também a edifícios públicos, canais de irrigação, barragens, pontes, estradas,...).
imagem-do-local-de-onde-se-extrairam-pedras
Trabalhadores egípcios produzem, em pedreiras,
material para a construção de pirâmides.
Ao redor dos locais onde foram erguidas as pirâmides foram encontradas padarias, açougues, cervejarias, silos para a estocagem de cereais, casas, cemitérios e, até mesmo, locais onde trabalhavam enfermeiros e "médicos" para atender aqueles que fossem vítimas de acidentes no trabalho (era comum que os trabalhadores sofressem com o esmagamento de dedos ou mãos, pés quebrados pela queda de instrumentos de trabalho ou ainda tivessem que sofrer amputações).
Os especialistas estimam que entre 20 e 30 mil trabalhadores se revezaram na construção das pirâmides da região de Gizé, por um período aproximado de 80 anos. Não há indícios de que mulheres trabalharam regularmente na construção das pirâmides. O posicionamento das pirâmides de Gizé era definido a partir de estudos desenvolvidos por sacerdotes-astrônomos, que estipulavam o angulamento das edificações de acordo com a posição de constelações sagradas.
Imagem-de-treno-do-egito
As fotografias acima nos mostram locais onde se extraíam pedras para a construção de templos e pirâmides. Reparem na preocupação com o corte das rochas (foto à esquerda); Percebam que há perfurações na parede de pedras (foto à direita), indicando que ali eram instalados andaimes onde ficavam os trabalhadores que cortavam a rocha.
Muitas vezes as pedreiras que forneciam pedras para as construções ficavam a grandes distâncias dos locais de trabalho, para resolver esse problema os egípcios transportavam as pedras por barcos, através do rio Nilo. Na construção, para que os enormes blocos de pedra fossem transportados de um lugar para o outro eram construídas rampas e, havia uma grande preocupação com o polimento das pedras, para que ficassem lisas e pudessem deslizar mais facilmente através das rampas até o local onde seriam instaladas. Além do trabalho e esforço dos homens, alguns instrumentos eram utilizados, como guindastes simples (puxados pelos trabalhadores e por animais) e andaimes.
                                                   
                          Acima temos uma espécie de trenó utilizado pelos egípcios para
                                                  transportar as pedras que compunham as pirâmides.

"O Pão sagrado de Jesus"

                                                          O “pão” sagrado de Jesus
                                        Como se alimentavam os hebreus no tempo de Cristo
Imagem-de-A-ultima-Ceia-obra-de-Leonardo-Da-Vinc
A última Ceia, obra de Leonardo Da Vinci.
Os relatos bíblicos quase sempre nos colocam à mesa com Jesus e seus apóstolos. Há, inclusive, toda uma sacramentalização das refeições. A principal referência para essa veneração cristã pela reunião das pessoas em uma mesa, em torno de uma ceia (como o que acontece anualmente no Natal), tem como principal imagem a clássica pintura de Leonardo Da Vinci que retrata o encontro final de Cristo com os apóstolos.
A divisão do pão e do vinho celebrizou-se mundialmente como o momento divino em que os homens reúnem-se para comemorar a amizade, selar os laços que os aproximam, confraternizar e partilhar idéias. A partir de então a mesa, modesta ou farta, especialmente em países de grande tradição católica como o Brasil ou a Itália, passou a representar justamente o momento em que as pessoas comungam tendo a partilha do “pão” e do “vinho” como símbolos máximos dessa proximidade de princípios que os reúne como irmãos.
E por que o “Pão” e o “Vinho” ganharam tanto destaque nessa mesa cristã? Quais outros alimentos e bebidas compunham a dieta dos hebreus no tempo de Jesus? Como eram as preparações culinárias daqueles tempos remotos?
Inicialmente é importante destacar que o Pão e o Vinho são representantes simbólicos de toda a produção e trabalho humano relacionado aos alimentos. Foram escolhidos por motivos diversos, entre os quais poderíamos destacar:
a) A proeminência do trigo na região da Ásia Menor, Norte da África e Europa Mediterrânea como a principal base alimentar.
b) A popularização das técnicas de produção do pão entre os habitantes daquela época.
Imagem-de-pao-e-vinho
O pão e o vinho, o azeite e o sal e o leite e as carnes de ovinos e caprinos compunham a dieta básica dos hebreus. A proeminência do pão e do vinho associa-se a religiosidade e a associação desses alimentos com Deus.
c) A durabilidade do trigo, cereal mais utilizado para a produção desses pães, que o habilitava a estar presente nos farnéis de viagem dos viajantes que atravessavam as trilhas que separavam as vilas e cidades de então.
d) A durabilidade e o sabor inebriante e sedutor do vinho.
e) A associação do vinho e do pão a religiosidade também aconteceu pelo fato de ambos sintetizarem a idéia de elaboração, produção e realização humana que distanciava esses alimentos daqueles que eram consumidos pelos animais.
No entanto o cardápio dos hebreus não se restringia somente a esses itens sacralizados. Incluía também frutas como o figo, a romã, as tâmaras, a maçã e a própria uva; contava com carnes, especialmente de ovinos e caprinos (carneiros, ovelhas, cabras e bodes); reforçava-se com o leite retirado dos animais pastoreados naquela região, especialmente das cabras; temperava-se principalmente a partir das azeitonas e do azeite de oliva; e sustentava-se nos cereais como a cevada, a aveia, o centeio e o onipresente trigo.
As hortas também eram comuns entre os hebreus. Delas se retiravam legumes de uso freqüente nas produções culinárias da época, como a fava, as lentilhas, as cebolas, o alho-poró e a abóbora. É relevante lembrar que alguns alimentos eram obtidos a partir da coleta que se realizava nas florestas de regiões próximas aos núcleos urbanos de então e que, dessas incursões em busca de comida surgiam iguarias deliciosas como as amêndoas, as avelãs, mandrágoras e pistaches.
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A criação de ovinos e caprinos, associada ao consumo de carnes obtidas a partir da caça e da pesca, compunha as bases alimentares de proteína dos hebreus.
Certos alimentos eram utilizados para várias preparações. Esse é, por exemplo, o caso das uvas. Além do vinho, essas frutas também davam origem a bebidas não alcoólicas, ou seja a sucos, e a secagem das mesmas originava as uvas secas (ou passas), muito populares naquela época. Se não bastasse isso ainda podiam ser utilizadas para a produção de pães especiais, geléias ou doces.
O consumo de carne, um dos mais constantes e importantes itens das ceias de natal da atualidade, era mais discreto. Assim como os peixes, alimentos mais comuns em cidades litorâneas ou próximas aos grandes rios, a utilização dos mesmos em refeições restringia-se as festas e as celebrações religiosas.
Era permitido aos hebreus comer peixes providos de escamas e nadadeiras, aves e pássaros declarados puros de acordo com a lei daquele povo e até mesmo gafanhotos. As referidas leis procuravam distinguir os animais e estabelecer entre eles aqueles que eram puros daqueles que eram imundos ou infectos (não relacionando, é claro, essa idéia aos conceitos de higiene oriundos da ciência contemporânea).
Diga-se de passagem que qualquer animal abatido pelos homens do tempo de Cristo e dos apóstolos só poderia ser consumido se fossem seguidas certas regras ou rituais. Nesse sentido era obrigatório que esses animais fossem degolados e sangrados previamente para que seu sangue não fosse ingerido por humanos. A utilização de animais que fossem encontrados mortos ou que tivessem sido abatidos de outra maneira impedia seu consumo pelos hebreus.
Ovos não eram comuns na Ásia Menor. Não havia galinheiros e, por conta disso, a obtenção dos mesmos dependia da sorte. O povo teria que achar ovos em ninhos para poder então fazer uso dos mesmos em suas refeições. Por outro lado, a utilização do mel era muito comum e regular. Tratava-se no caso, do adoçante de uso geral, obtido a partir de buscas em bosques, árvores ou rochedos (mel selvagem) ou então se utilizava o mel vegetal, produzido a partir de frutas e plantas.
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A reunião à mesa é tradição herdada dos tempos de Jesus Cristo e relaciona-se a idéia de confraternização, amizade, apreço, consideração e amor aos que se encontram presentes na refeição.
Além do azeite, presença regularíssima nas produções culinárias da época, as cozinheiras da época também utilizavam como condimentos o cominho, a alcaparra, diferentes espécies de pimentas e o coriandro. A todos esses temperos adicionava-se ainda o sal. Ressalte-se ainda que o sal era também considerado sagrado e relacionava-se a religiosidade, fazendo parte de sacrifícios sendo reiteradas vezes mencionado na Bíblia.
Entre as bebidas o principal destaque é para o vinho. Considerado como o símbolo do mistério da vida, da proximidade entre os homens e Deus, da alegria e também do amor, o vinho era usado em celebrações solenes, religiosas, festas particulares e também estava presente nas mesas cotidianas. Seu valor era tão grande que era até mesmo utilizado como medicamento. Apesar das restrições dos hebreus aos excessos com a bebida que viessem a provocar o embebedamento, o que se condenava não era a bebida, mas sim o comportamento indevido das pessoas.
Além do todo-poderoso vinho, os hebreus consumiam leite, água e variações menos alcoólicas do vinho ou ainda o suco dessa fruta. Também eram comuns nas mesas daquele povo e naquela época a presença dos licores (shekhar). As mais comuns variedades de licores associavam-se as frutas típicas encontradas nos mercados locais, como as tâmaras, os figos, as romãs ou ainda a produção de licores de mel. Não há registros de produção de cervejas à base de trigo ou cevada entre os hebreus.
As refeições eram tradicionalmente duas ao longo do dia. A primeira acontecia ao meio do dia e a outra no período da noite. Esses encontros se davam ao redor de mesas e cadeiras baixas, posteriormente substituídas pelo uso de divãs. Ao consumir carnes os hebreus a acompanhavam de molhos e a pegavam com pães. O uso das mãos era a prática usual, não se utilizavam talheres. Não era apropriado pelos costumes locais que essas refeições se prolongassem além do necessário e ao final desses encontros era aconselhável que se agradecesse a Deus pela graça do alimento que os ali presentes haviam degustado.


                                                       Professora Maria Creusa
                                 (De Olho na História João Luís de Almeida Machado )

A Família Real no Brasil (8º Ano /2º Bimestre )

                                           A Família Real de mudança para o Brasil
                                            D. João e a corte abandonam Portugal


Desenho-de-caravelas
De um lado Napoleão e os exércitos franceses. Do outro, a Inglaterra e sua poderosa esquadra naval. Ameaças de invasão e bombardeio marítimo às principais cidades portuguesas. E nada do que estava sendo vivido era blefe. As tropas francesas já haviam cumprido suas prerrogativas e invadido os reinos que não aderiram ao Bloqueio Continental proposto pelo imperador Bonaparte, inclusive a Dinamarca, que tentara discretamente manter o comércio e as relações diplomáticas com a Inglaterra e que, por conta disso, tivera que se submeter à força, ao jugo francês.
Há quem pense que a decisão tomada pelo regente D. João, segundo na linha de sucessão de sua mãe, D. Maria I, rainha de Portugal, foi decisão tomada a partir somente daquele contexto, em que os lusos eram pressionados por franceses e ingleses. É importante ressaltar, no entanto, que a possibilidade de um monarca português se estabelecer no Brasil já era apreciada desde o século XVI e, se prolongou como proposta e possibilidade também durante os séculos posteriores, até sua concretização com a vinda da Corte Portuguesa em 1808.
Os motivos relativos a essa anterior discussão quanto à vinda e o possível estabelecimento do monarca luso em sua maior colônia estão ligados à própria importância do Brasil para o Império Português. A colônia de além-mar, acrescentada aos domínios portugueses em 1500, com o estabelecimento de seus ciclos econômicos pós-feitorias e exploração do pau-brasil, a partir do ciclo do açúcar tornou-se a principal e majoritária força motriz da economia metropolitana.
As ameaças ao domínio português por parte de outras nações como a França, a Holanda ou a Inglaterra sempre causaram real temor entre os lusitanos de que suas forças na metrópole não fossem suficientes e rápidas para conter avanços em território brasileiro. Este receio aumentou com as invasões holandesas do século XVII e com a constatação de que em terras brasileiras existiam riquezas notáveis, como o ouro e os diamantes, que certamente atrairiam outros forasteiros invasores para a colônia.
O século XVIII com a crescente influência da burguesia, as ideias do Iluminismo, a derrocada da nobreza francesa, a revolução americana e o desenvolvimento industrial da Inglaterra também influenciaram e motivaram os portugueses a pensar na possibilidade de migrar para o Brasil, já que tanto a base de sustentação do Velho Regime (que dava poderes absolutos para as monarquias europeias) quanto à própria estabilidade do colonialismo estavam em xeque e, estas crescentes ameaças se faziam sentir cada dia mais próximas.
Junte-se a isto a real ameaça de invasão das tropas napoleônicas nos primeiros anos do século XIX e temos o cenário “ideal” para o deslocamento da Corte Portuguesa para terras brasileiras. Não que este traslado tenha sido feito de forma apropriada, já que D. João postergou ao máximo a alternativa brasileira e, literalmente, “cozinhou o galo” em água morna para evitar qualquer movimento militar de tropas francesas ou inglesas.
Desenho-da-familia-real-portuguesa-chegando-ao-Brasil
Sua estratégia durante estas negociações foi, simplesmente, mostrar-se aliado de ambos e inimigo dos dois lados, com uma face revelando-se simpática aos interesses franceses quanto ao Bloqueio Continental e o isolamento dos ingleses quanto a suas possibilidades comerciais com o continente quanto, por outro lado, demonstrando aliar-se aos britânicos para a manutenção de históricos laços diplomáticos e comerciais.
É lógico que isso não podia durar para sempre e que, para tal, D. João contava com a ineficácia do sistema de comunicações e transportes da época para adiar e prorrogar os prazos que tinha para tomar uma decisão efetiva (o envio de correspondência entre as capitais de Portugal e da França, por exemplo, levava de 2 a 3 semanas).
Junte-se a tudo isso o fato de D. João não ter sido preparado para o exercício das funções de monarca, que caberiam a sua mãe, D. Maria I, diagnosticada pelos médicos de então, como incapaz de exercer tais funções em função de estar em claro estado de demência. Pela tradição vigente, na ausência do Rei ou na incapacidade da rainha, caberia o exercício do poder político a um regente, no caso, o primogênito na linhagem familiar real. Em Portugal, a coroa iria para D. José, o irmão mais velho de D. João, que havia precocemente falecido alguns anos antes, em 1788, de varíola.
Um regente indeciso, uma rainha louca, o reino ameaçado pelas duas maiores potências da época, vivendo uma época em que seus domínios, outrora prósperos, se encontravam em franca decadência e dependiam muito de seus parceiros comerciais para praticamente tudo, tendo se especializado ao longo dos dois últimos séculos em apenas renegociar os produtos provenientes das colônias... Esta era a situação de Portugal no início do século XIX...
Enquanto isso, do outro lado das fronteiras portuguesas, as tropas napoleônicas já se preparando para a invasão das terras lusas em virtude da clara indefinição de D. João quanto às reais intenções e alianças que Portugal iria fazer. Ciente da aproximação de soldados franceses, e já tendo avançado nas tratativas com os ingleses (que na dúvida enviaram suas embarcações com duas propostas quanto a o que fazer em relação a Portugal: a primeira alternativa era escoltar a Corte Portuguesa para o Brasil e, a segunda, era bombardear Lisboa caso os portugueses se aliassem aos franceses), coube aos portugueses protagonizar uma rápida “mudança” de endereço, levando consigo um contingente aproximado de 15 mil pessoas e praticamente tudo o que havia de valioso no reino.
Na retirada, ou “fuga” conforme alguns cronistas e historiadores, alguns pertences de valor foram deixados para trás, como o precioso acervo da Biblioteca Real Portuguesa e, certamente, as condições da viagem não foram dignas dos importantes passageiros transportados naquelas caravelas.
Desenho-de-D-Joao-VI-no-Rio-de-Janeiro
A pressa também não permitiu a D. João e à Corte saber que as tropas francesas, lideradas pelo general Junot, eram na realidade um arremedo do temível exército napoleônico, contando com recrutas novatos e ainda não totalmente treinados para a guerra, mal equipados, que tiveram baixas na jornada da França para Portugal e que, certamente, com o auxílio dos ingleses, poderiam ter sido derrotados pelas guarnições lusas.
A retirada da Corte deixou os portugueses à própria sorte, em situação de real orfandade, ainda mais se levarmos em consideração que naquela época conceitos como democracia e práticas como eleições não estavam culturalmente estabelecidas, circulando ainda como conceitos e propostas entre as elites letradas. A vinda de D. João, Carlota Joaquina e demais membros da Corte também definiu a única situação histórica de visita e, certamente, de estabelecimento de uma família imperial em terras coloniais americanas...

                                                          Professora Maria Creusa
                                          (De Olho na História João Luís de Almeida Machado)

História: Testes


História: Testes sobre o Egito Antigo | Quiz Interativo Para Estudar  e Aprender na Tela do Computador.

Assinale em cada uma das questões abaixo a única resposta correta. 
Para conferir as respostas e a sua nota, basta clicar no botão "Ver Pontuação" que está logo abaixo das perguntas.
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1. A escrita egípcia era:
Pictagônica
Cuneiforme
Hieroglífica
2. A economia egípcia baseava-se, principalmente na:
Agricultura
Navegação
Produção Mineral

3. Qual foi o faraó que tentou implantar o monoteísmo no Egito?
Menés
Amenófis IV
Ramsés

4. Entre que rios localiza-se a Mesopotâmia?
Tigre e Eufrates
Nilo e Tigre
Tigre, Nilo e Eufrates

5. Qual o significado da palavra Mesopotâmia?
Império do Nilo
Terra Entre Desertos
Terra Entre Rios



História: Testes sobre Roma Antiga | Quiz Interativo Para Estudar  e Aprender na Tela do Computador.
Atividade escolar interativa que tem por objetivo auxiliar no desenvolvimento educacional de crianças, jovens e adultos.
Instruções:
Assinale em cada uma das questões abaixo a única resposta correta. 
Para conferir as respostas e a sua nota, basta clicar no botão "Ver Pontuação" que está logo abaixo das perguntas.
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1. Quem foram os fundadores de Roma?
Constantino e Nero
Júlio Cesar e Alexandre
Rômulo e Remo
2. Qual foi o imperador romano que dividiu o império em duas partes?
Teodósio
Júlio César
Marco Antônio

3. O cristianismo foi instituído como religião oficial por:
Constantino
Teodósio
Sila

4. Jesus Cristo nasceu no governo de quem?
Otávio
Nero
César

5. Um dos motivos que levou o Império Romano a entrar em decadência: 
Empobrecimento pelo atraso técnico da agricultura
Construção das pirâmides que geraram muitos gastos
Desaparecimento do Imperador Romano Júlio Cesar